quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Primeiro Eu



Existem situações onde é melhor calar do que falar, as palavras vão se acomodando com o tempo, aos poucos, se estabelecem no devido lugar. Não sei se você me entende, mas muitas vezes achando que estamos com a razão, discursamos intensamente, com aquele topete de quem sabe tudo, e as pessoas a nossa volta acabam absorvendo quase nada.

Você entende o que eu estou falando? Você já disse a mesma coisa para alguém, que teve que repetir uma, duas, quinhentas vezes? Eu também.

Lembra daquele amigo que falei outro dia? Pois bem, ele sofre de uma carência lastimável: Amor materno. Claro que nesses casos a gente sempre fala que nunca deve dar pitaco, mas sinceramente, às vezes os fatos são o melhor "pitaco" que existe. Andei analisando o porquê de ter escrito aquele texto pra ele. Nunca namorei ele, nunca achei ele bonito, querido talvez, mas nunca a ponto de comer.

Então parei pra refletir...

Ele é uma pessoa muito carinhosa com todos ao seu redor e analisando ele e a minha melhor amiga pude reparar que ele é capaz de qualquer coisa por ela, tendo o carinho e a atenção que ele precisa. Eu também sou assim! Até por isso que eu amo tanto a minha melhor amiga!

Ele sempre dependeu muito dos pais, sempre tentou agradar e ser o orgulho "dos véio" e nunca, nem fazendo tudo que eles queriam e precisavam, estava bom. Meu amigo-irmão assim como eu, sempre foi a ovelha negra da família, aquela parte do quebra cabeça que nunca se encaixou, a margem da sociedade. A filha professora é o orgulho da mamãe, mas o filho que fica o dia inteiro colhendo frutos para vender na feira, não presta pra nada. Ganha uma mixaria e é explorado pelo próprio pai, assim como eu.

Claro, que os dois se encontram na situação por que querem, e acredito que isso esteja para mudar(questão = tempo X oportunidade), mas analisando a família dele, eu entendo melhor a minha.

Minha mãe pergunta porque gosto tanto da minha amiga, já que ela não é da mesma classe social que eu. Eu respondi que era simples: Enquanto eu chorava as vésperas do meu aniversário, no meu quarto, querendo que alguém fizesse uma festa pra mim, que dissesse que eu significava alguma coisa pra alguém dentro de casa, minha mãe entrava no quarto, me via chorando, pegava o telefone, e pedia dinheiro emprestado pra por um anúncio no jornal de 10 anos de falecimento da minha madrinha. Enquanto a minha melhor amiga, perguntava por que é que eu estava chorando e dizia que era pra mim morar com ela porque pelo menos lá eu ia ficar mais calma.

Eu sei que nada justifica a vida que eu tenho. E eu errei demais! Primeiro por achar erroneamente que meus pais realmente sabiam de tudo! Depois por me deixar arrastar por pena que sentia do meu pai. RESULTADO? Tenho vinte e sete anos, orfã, solteira, desempregada, sem estudo, sem carinho e sem amor. Tanto pensei nos outros que esqueci de mim. E se eu não disser "com licença mãe que eu tenho que viver", ela me tranca dentro de casa e me faz de gata borralheira. A vida é dura assim mesmo, sorte que eu ainda tenho só vinte e sete anos, pior se fosse uma pessoa idosa e sozinha, aí iria sofrer!

Eu sei que ultimamente meus posts tem sido um tanto quanto severos, mas se vocês soubessem a diferença que faz na minha vida, escrever aqui, vocês jamais deixariam de comentar! É aqui que eu me analiso e coloco meus pensamentos em dia!

Obrigada por participar da minha vida!

Beijos e fiquem com Deus!

4 comentários:

  1. Maria Inês

    Escrevi um comentário super longo e na hora de enviar deu erro... :(
    Bem, o que eu queria dizer é:

    # Escreva, escreva sempre. Esta tbm foi a melhor maneira que encontrei para me livras das angústias.
    # Você é uma mulher muito bonita e inteligente. Além disso, é nova. Se o problema é o estudo: estude, lute... ainda há tempo! Trabalho vem como consequência.
    #Nunca desista. Passo por problemas com meus pais e me sinto oprimida constantemente, mas isso não me torna infeliz. Reajo e evito.

    Uma boa quinta-feira!

    Bjs

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  2. Quem não tem problemas, não é mesmo?
    Vai ver que é pra isto mesmo que estamos por aí...

    Curiosamente, estava escrevendo um post (a ser publicado em breve, quando eu terminar) também sobre o que você comentou no último parágrafo!

    Fique bem!

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  3. Nosso amor primeiro, deveria sempre ser o amor próprio,


    Bjka

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  4. Uma vez, em um post falando sobre meus pais, uma amiga disse, que nosso pais tem culpa sim , mas que tem que chegar a hora de parar de culpa-los, lute, supere, é difícil, eu não falo com meu pai, mas tente ao menos ser indiferente a isso, no fim só faz mal a você.. Sorte! =**

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